Exterioridade na vida espiritual

30 de junho de 2022 - Autor: Jean Lima dos Santos

Paz de Jesus,

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança! Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo! Mateus 23:25,26.

Este é o quinto Ai de Jesus, nos quais proferiu em Mateus 23. Nele Jesus está censurando o excesso de zelo que os religiosos da sua época empregavam na limpeza exterior de vasos e copos, ligados aos ritos cerimoniais. Ele usa essa metáfora para demonstrar a falta de compreensão deles, sobre as questões éticas que realmente deveriam se preocupar, a fé, a retidão, a integridade, a honra, a justiça, a misericórdia, a bondade, a simpatia, a compaixão. Os vasos e os copos estavam sempre limpos, mas o caráter moral de tais pessoas era assinalado pela falsidade, intemperança, excessos, furtos, mentiras e pecados.

Rapina aqui significa a condição íntima de tais indivíduos, isso indica desonestidade e falta de sinceridade. Já intemperança significa que eram pessoas destituídas de disciplina, de controle próprio, na vida pessoal e social.

Nesse sentido Jesus está atacando a exterioridade na vida espiritual, tão comum nestes dias, que consiste na preocupação pelo espetáculo, pelas aparências, por esse desejo que alimentamos por impressionar as pessoas, dessa preocupação pelo exterior, pelos que os olhos veem, pelo impacto. Mas tudo isso dissociado dos princípios essenciais, geralmente interiores que deveríamos dar mais atenção, a humildade, o amor, bondade, a temperança, misericórdia, a fidelidade, a pureza, a obediência.

Tenhamos cuidado com a exterioridade na vida cristã, essa preocupação excessiva com o exterior, com o que ou outros veem, e esquecendo das coisas íntimas, internas, do coração, humildade, fé, amor, pureza, fidelidade, misericórdia, integridade e retidão.

Jesus deixar entender que a exterioridade em demasia, quando desacompanhada de uma ética moral genuína, verdadeira, sincera e pura era apenas uma forma de perversão e corrupção espiritual.

Por Pr. Jean

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