Reflexões sobre o natal

22 de dezembro de 2020 - Autor: Jean Lima dos Santos

Já faz algum tempo em que eu e minha família como muitos outros cristãos em diversas parte do mundo, entendemos que não fazia para nós sentido, a comemoração do natal, como ele nos é tradicionalmente apresentado. E todos os anos tenho a responsabilidade de escrever, explicar e orientar as pessoas, sobre o porquê desse comportamento aparentemente contrário aos costumes tradicionais.

Primeiro, gostaria de informar que não viso criticar, condenar, julgar quem quer que seja, apenas por vivermos em um país livre, onde a Constituição Federal assegura a liberdade de opinião, bem como a liberdade de crença, me sinto confortável em expressar minha postura no que se refere ao fato de não comemorarmos a festa natalina. Em segundo lugar, quero apenas informar as razões de tal comportamento, bem como orientar aqueles que compartilham do mesmo sentimento, sem com isso ofender quem quer que seja.

Que quem não comemora não critique ou julgue que o faz, e quem comemora da mesma sorte, não julgue e nem condene aqueles que não comemoram a festa natalina, Deus nos chamou a paz, como bem afirmou Paulo, e creio que isso pode ser aplicado a esse assunto também:

O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu. Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar. Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. Romanos 14:3-5

Posto isso, seguem algumas razões pelas quais não comemoramos o natal:

Sua data, 25 de dezembro, foi inicialmente fixada guardando intima relação com muitas festividades pagãs, conforme aduz a Enciclopédia Barsa: “a data atual do natal foi fixada no ano 440, a fim de cristianizar grandes festas pagãs realizadas neste dia, a festa mitraica (religião Persa que rivalizava com o cristianismo nos primeiros séculos), que celebrava o Natalis Invicti Solis, (Nascimento do vitorioso Sol) e várias outras festividades decorrentes do sostício de inverno e os cultos solares entre os celtas e os germânicos. ” A Enciclopédia Barsa, Vol. 11, pg. 274.

Não se sabe a data precisa do nascimento de Jesus. Já existiram muitas tentativas no sentido de se provar a provável data em que Jesus tenha nascido, mas nunca isso foi possível, e qualquer tentativa nesse sentido, que se arvore em querer afirmar uma data precisa para o nascimento de Cristo, não passa de conjecturas e especulações. Todos que conhecem as estações climática de Israel, sabe que 25 de dezembro é inverno naquela região, e ninguém fica exposto ao relento. Lucas 2:8 diz que os pastores estavam no campo, os pastores não ficam no campo numa noite de inverno. No final de outubro e início de novembro os pastore já não vão mais ao campo, por que já é o inverno.  Não há pastagem, é inseguro e desconfortante para o rebanho. Por isso acreditamos que a data provável em que Jesus nasceu, tenha sido no mês de setembro ou início de outubro e não em dezembro. Mesmo assim é mera conjectura, pois não possuímos fontes seguras que nos possam confirmar isso.

Outro motivo para não comemoração do natal, é que os primeiros cristãos não celebravam Seu nascimento porque consideravam a comemoração de aniversário um costume pagão. Não vemos em Atos dos Apóstolos, nem nas cartas do Novo Testamento, qualquer alusão a festa de natal ou comemorações do nascimento de Jesus.

Uma outra razão pela qual não comemoramos o natal, é que ele não possui o verdadeiro sentido proposto pela festa, que seria comemorar o nascimento de Jesus. Há uma predominância do caráter meramente comercial na festividade, sua ceia não revive a alegria da chegada do Salvador, mas apenas uma festividade social, onde na maioria das vezes é regada a muita bebida, comida e iguarias. A lembrança e a gratidão central da chegada do Salvador, nem ao menos é revivida na maioria das comemorações natalinas, por certo há exceções. Há de se reconhecer, que muitas pessoas fazem do natal um momento de confraternização familiar, um tempo de solidariedade social, de encorajamento ao amor ao próximo, disso não temos dúvida, a festividade em certo sentido, traz consigo este espírito e fraternidade e solidariedade universal.

Há ainda, os dois símbolos mais marcantes do natal, a árvore e o papai Noel, ganharam um lugar, assim como o coelho na Páscoa, que não deveriam lhes pertencer. No que se refere ao natal, parece que a figura mais importante da festividade é o bom velhinho, e não o que nasceu na manjedoura. Da mesma sorte, a árvore com seus presentes, ocupam um lugar central na festividade, deslocando a comemoração do nascimento do Salvador a um local secundário e quase imperceptível. Ademais, a história da introdução do pinheiro na festividade, ser pagã e remontar os povos bárbaros, Celtas e Druídas.

Já o Papai Noel surgiu no século passado, quando Thomas Nast, pintor norte-americano, criou esta figura sorridente de barbas brancas. Conta-se ainda que Nicolau, herdeiro de grande riqueza, a distribuiu entre os pobres e as crianças “que não tinham com que se alegrar durante o Natal”, daí surge a figura do bom velhinho que distribui presentes para as crianças que lhes fazem pedidos. O triste é observar que essa figura, o papai Noel tenha mais evidência de que o própria Jesus Cristo ou a comemoração de Seu nascimento.

Por fim, não comemoramos a festa natalina, tendo em vista: sua origem ser pagã, não possuímos nenhum apoio bíblico para sua celebração, ele perdeu seu significado, ganhando um aspecto meramente comercial, é uma festividade onde predomina a gula e a bebedeira, excessos, é uma festa onde o verdadeiro personagem, Jesus Cristo, Filho de Deus, não aparece e pouco é relembrado Seu nascimento, embora respeitamos quem pensa diferente.

Que o verdadeiro significado do natal, que é render ações de graças a Deus pela vinda, o nascimento do Salvador, Seu Filho, que veio a esse mundo trazendo boas novas de alegria, perdão, reconciliação, nova vida e vida eterna.

E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens. Lucas 2: 9-14.

Que Cristo nasça e permaneça em nosso corações, isso é natal.

Por Pr. Jean Lima.

Saiba mais:

Pesquisa completa sobre a origem do Natal (nucleodeapoiocristao.com.br)

10 Razões porque os cristãos não devem celebrar o Natal (montesiao.pro.br)

6 comentários em “Reflexões sobre o natal”

  1. Geisa amorim do Nascimento disse:

    Compreendo mais ….. Obg pastor por cada orientação.

  2. Geisa amorim do Nascimento disse:

    Excelente explicação.

  3. Reidson disse:

    👏🏻👏🏻👏🏻

  4. Daniela Leite disse:

    Nossa como é bom ser orientados de forma tao clara e verdadeira .
    Conhecimento nos liberta .
    Obrigada Senhor sou feliz por essa liderança Grata de coração mesmo a Deus pela vida de meu Pastores.

  5. Lara Horrana disse:

    👏👏👏👏

  6. Paula disse:

    Excelente 👏👏👏👏👏

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